segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A Mulher na Cidade


O facto de se encontrarem mais directamente ligadas ao lar e às actividades familiares, confere às mulheres uma maior sensibilidade e preocupação, para com as condições ambientais e habitacionais que envolvem os respectivos locais de residência, sejam elas de concepção urbanística, qualidade de construção, espaços verdes, acessos, infraestruturas, etc., etc.

Mas num mundo de homens quem leva isso em consideração?

A Criança e a Rua: educar para proteger



O espaço urbano, tomado pelos motores, é fonte de muitos perigos para os pedestres. A criança é particularmente vulnerável nesse ambiente: sua percepção sensorial, seu temperamento, suas faculdades cognitivas, colocam-na regularmente em situação de perigo.
Para a protecção da criança na circulação urbana é importante que, desde muito cedo, ela aprenda a observar e a compreender os acontecimentos da rua e os seus perigos.

Propõem-se oficinas pedagógicas nas escolas onde são tratados aspectos sensoriais, comportamentais e cognitivos das crianças, como as suas noções de causa e efeito. Devem ser propostas orientações sobre o sistema viário e seu ambiente, assim como a participação das crianças na educação dos adultos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Renovação Urbana



As críticas que se fazem a este tipo de intervenções relacionam-se com a manutenção nos processos de intervenção da dicotomia entre as decisões que dizem respeito ao desenvolvimento social e ao desenvolvimento urbano; as dificuldades relacionadas com uma participação mais alargada dos "vizinhos",


uma vedação construída por vizinhos têm um impacto bastante diferente de uma outra construída por guardas armados. (Kevin Lynch1999:265),


nos processos de intervenção é também incipiente capacidade de inovação por parte das intervenções que parece ser repetida de norte a sul do país, o problema parece estar no tipo de estatuto que é dado ao sujeito nestes programas e a fraqueza das reflexões e das acções que visam a transformação das relações entre os serviços que gerem os bairros e os habitantes e os que conduzem estes programas.



(....), Mais do que desenhar um projecto não será de todo inútil precisar as ideias que o fundam, sendo o principal risco de incompreensão que nasce dos nossos hábitos de pensar em termos de oposição ou de uma escolha ideológica, de convicção contra convicção, sistema contra sistema. Entrar num campo em que se esconde os nossos defeitos criticando o campo dos outros, assim a questão mais premente de hoje em dia é:


Em que campo está você?

(André Barthélémy 1995:165).



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O senhor e o vassalo........

Interajuda ou inter-ajuda? Interinfluem ou inter-influem? Inter relação ou inter-relação? Sub cultura ou subcultura? Sub item ou subitem? Subgrupo ou sub grupo? Inter-agir ou interagir? Subúrbio ou sub-urbio? Desculpem, mas são dúvidas que vão surgindo!

O pensamento único, constata que a "assimetria" não é um registo de desvio na interdependência, mas talvez toda a sua essência. Não falamos da interdependência analisada no ponto de vista da inter-relação ou interactividade, estas permanecem universais desde a Antiga Grécia até à actualidade. Trata-se sim da "interdependência" entre desiguais, da relação de sujeição e domínio que torna, se quiserem, "interdependentes", o senhor e o vassalo, já que um não o é, sem o outro.

A interdependência pode ser compreendida em termos da mútua dependência que existe entre as partes e o todo. Sem as partes, não pode haver o todo e, sem o todo, o conceito de parte não tem sentido. A ideia de todo implica partes, mas cada uma dessas partes precisa ser considerada como um todo composto de suas próprias partes.

Nós passamos, muito rapidamente, de uma certa clareza teórica do que é um subúrbio, do que é uma periferia urbana, num modelo racionalista da metrópole polar em que o conceito de subúrbio, o conceito de periferia urbana se definia na sua relação ao centro, portanto é um conceito negativo, é qualquer coisa cuja génese/relacionamento/compreensão é induzida por um centro. Num sistema urbano de tipo Christalleriano, as cidades distribuem-se segundo uma hierarquia na qual a influência e as relações se processam em função da dimensão. (François Ascher1998.18). O subúrbio e a periferia urbana existiam num modelo de organização urbana tipo planetário, isto é, havia um centro, havia umas periferias à volta e depois haviam uns movimentos que estruturavam esses lugares periféricos em relação a um centro.



Modelo polar Christalleriano


A ponte nem sempre é a passagem....




A ponte nem sempre é a passagem para a outra margem..


O que pretendemos com este espaço Barreiro Lisboa ou Lisboa Barreiro, dependente da margem, é de gerar reflexões sobre as assimetrias; entre margens, entre partes como um todo.

O Tejo como factor aglutinador das margens, do norte, do sul. Como é do conhecimento do Barreirenses nem sempre vamos a Lisboa pela ponte, existem outros caminhos, e desses fazem parte o rio Tejo. Este certamente deve ser dos mais concorridos e mais rápidos cerca de 15 minutos, tempos houve em que era necessário uma hora para fazer o mesmo percurso, estamos a falar de uma evolução de cerca de setenta anos (1931 “Évora” primeiro barco na travessia Barreiro-Lisboa).

Mas agora podemos imaginar com será daqui a setenta anos?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Europa vive na Cidade




Imagem retirada de Uma aventura de John Difool – O Incal Negro
de Jodorowsky/moebius, Meribérica/Liber editores 1999:4 «a alameda-suicida»


A Europa vive na Cidade

O inicio da década de 90 produziu uma viragem nos destinos da velha Europa, por um lado a queda do chamado bloco de leste e sua crescente afirmação económica, a concretização do mercado interno em 1993 e uma crescente agressividade do principais parceiros comerciais, exigiam um reforço da coesão económica e social do território, por outro os grandes desafios nas esferas das relações internacionais, imprimiam uma defesa global do interesse comum, com o reforço da cooperação entre os estados membros ao nível da segurança, da política externa da justiça e assuntos internos.

Oitenta por cento dos europeus vivem na cidade, o que confere á União Europeia o carácter de região mais urbanizada do mundo, constituída por uma rede densa de cidades pequenas e médias. Embora 21 cidades tenham mais de um milhão de habitantes, 344, mais de 100 000 habitantes, e 458, mais de 50 000 habitantes, Paris e Londres são as duas únicas megalópes da União com, respectivamente, 8,5 milhões e mais de 10 milhões de habitantes.


As semelhanças entre as principais cidades são muitas – as das empresas, as altas tecnologias, a competitividade internacional. É nas grandes cidades que os problemas de pobreza, criminalidade, engarrafamentos e poluição têm impactos mais profundos.