quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O senhor e o vassalo........

Interajuda ou inter-ajuda? Interinfluem ou inter-influem? Inter relação ou inter-relação? Sub cultura ou subcultura? Sub item ou subitem? Subgrupo ou sub grupo? Inter-agir ou interagir? Subúrbio ou sub-urbio? Desculpem, mas são dúvidas que vão surgindo!

O pensamento único, constata que a "assimetria" não é um registo de desvio na interdependência, mas talvez toda a sua essência. Não falamos da interdependência analisada no ponto de vista da inter-relação ou interactividade, estas permanecem universais desde a Antiga Grécia até à actualidade. Trata-se sim da "interdependência" entre desiguais, da relação de sujeição e domínio que torna, se quiserem, "interdependentes", o senhor e o vassalo, já que um não o é, sem o outro.

A interdependência pode ser compreendida em termos da mútua dependência que existe entre as partes e o todo. Sem as partes, não pode haver o todo e, sem o todo, o conceito de parte não tem sentido. A ideia de todo implica partes, mas cada uma dessas partes precisa ser considerada como um todo composto de suas próprias partes.

Nós passamos, muito rapidamente, de uma certa clareza teórica do que é um subúrbio, do que é uma periferia urbana, num modelo racionalista da metrópole polar em que o conceito de subúrbio, o conceito de periferia urbana se definia na sua relação ao centro, portanto é um conceito negativo, é qualquer coisa cuja génese/relacionamento/compreensão é induzida por um centro. Num sistema urbano de tipo Christalleriano, as cidades distribuem-se segundo uma hierarquia na qual a influência e as relações se processam em função da dimensão. (François Ascher1998.18). O subúrbio e a periferia urbana existiam num modelo de organização urbana tipo planetário, isto é, havia um centro, havia umas periferias à volta e depois haviam uns movimentos que estruturavam esses lugares periféricos em relação a um centro.



Modelo polar Christalleriano


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